04 outubro 2011

"Te olho nos olhos e você reclama, que te olho muito profundamente. Desculpa, tudo que vivi foi profundamente... Eu te ensinei quem sou, e você foi me tirando, os espaços entre os abraços, guarda-me apenas uma fresta. Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem. Até onde posso ir para te resgatar? Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade, de me inventar de novo. Desculpa...se te olho profundamente, rente à pele, a ponto de ver seus ancestrais, nos seus traços. A ponto de ver a estrada, muito antes dos seus passos. Eu não vou separar as minhas vitórias, dos meus fracassos! Eu não vou renunciar a mim; nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser. Vibrante, errante, sujo, livre, quente. Eu quero estar viva e permanecer, te olhando profundamente." Poema, Te olho nos olhos - Ana Carolina

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