Odeio pessoas que conversam com você como se tivesse acabado de sair da primeira aula de teatro de um curso de bairro. Os olhos arregalados cheios de vida, o peito arfante achando que seus sentimentos são exclusivos e sublimes. As mãos dançando no ar como uma bailarina italiana de um programa dominical do interior. A risada exagerada como um Coringa travesti engasgado em micareta universitária de rede de ensino vagabunda. Odeio jovens talentos cheios de alegria achando que se derramar pelo mundo cinza é caridade artística. Sofre um pouco imbecil. (Tati Bernardi)
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