20 agosto 2014

"Por que os relacionamentos - em sua maioria - nunca são duradouros?" via Rafael Reis

Por que os relacionamentos - em sua maioria - nunca são duradouros?
Os motivos são, indiscutivelmente, inumeráveis e, talvez ninguém conseguirá desvendar todos. Ultimamente, tenho pensado num fator que, acredito eu, ser o mais decisivo de todos nessas relações: Relacionamentos internos.
Antes da morte, vem a vida. Antes da imagem, vem o olhar. Antes do exterior, vem o interior. Antes de demonstrar, sinta e sinta-se muito.
Nós, antes de nos relacionarmos com qualquer pessoa, devemos nos relacionar com nós mesmos. Esclarecer a nossa verdade e a nossa mentira. Como sempre digo: Somos um universo.
Vivemos numa mudança constante que, por vezes, é conflitante consigo mesma.
Dificilmente percebemos a desordem que isso nos provoca mas, estamos cada vez mais preocupados em ter alguém, sem antes termos-nos.
O caso é que nós simplesmente não estamos prontos para embarcar num relacionamento e, inconsequentemente, achamos que o barco está pronto: lá vamos nós... Tudo (l)indo, quando... Droga! O barco está furado, não há bote reserva e, esquecemos de trazer o colete salva-vidas. Cais sem porto e vice-versa.
Vem a primeira, segunda, terceira, quarta e infinita recaída pela(o) "ex"-amada(o). Vem a dúvida do amo ou não, quero e não quero, desejo mas isso, e aquilo. Vem a dúvida se deveria mesmo ter entrado naquele barco - mas agora você já está nele -, deveria ter pensado nisso antes. Até por fim o não dá mais. O barco afundou e você morreu na praia.
O fato é que estamos cheios de (in)certezas quanto o mar de gotas d'água. Assim como as ondas, estamos num vai e vem imparável.

Que sejamos donos - pensantes - dos nossos atos. Que não apropriemos-nos do sentimento dos outros, sem ter propriedade dos nossos, e machuque-os. Que em meio as incertezas nós sejamos certos, o suficiente, para conseguir solidificar nossas escolhas.

Rafael Reis

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